Lua,
desculpa se somos tão diferentes..
Tu gostas de luz, de palco, de alegria..
Eu do escuro, dos bastidores, da harmonia..
Tu és luz
Eu sou penumbra..
Quando eu digo sim
tu dizes não..
Em nada somos parecidas
mas admiro-te muito
e tenho muito orgulho da filhota que és!!
Amo-te muito!!
Em cada pedaço de mim existe um orifício onde me oculto.
Olhares que não conseguem atravessar minha alma,
mentes que não podem enxergar minha essência..
Há quem já tenha perdido a paciência..
Já apenas vêm um vulto.
Caminho sempre pelo lugar da sombra
Não quero ser reconhecida, nem observada
Ninguém pode adivinhar o que levo no pensamento
A única liberdade a que me concedo
Bem ou mal amada?
Não sei, é segredo..
Lamento.
Suplico aos rios, ao mar, à lua
Trazei-me força, positivismo e energia
Para encontrar meu caminho , berrar meu fado
Com toda a vossa sabedoria
Dai-me o sonho, paz e alegria
Anjo de Luz..Onde estás?
Procura-me, vem saber de mim
Sussurra, ama, protege-me
Preciso de vós, de ti..
Ampara, segura, abraça-me
Quero florir, amar, sorrir
Quero voar, sonhar e evoluir...
Molhando meu corpo lavo minha alma
E entro..
Entro no novo ano que me chama
Despeço-me deste que não quero lembrar
Embalo numa nova viagem incerta
e com o tempo que me resta,
Respiro fundo
e sigo!!
Adeus 2010!!
khadija!!
Olha-me mas não me toques!!
Palavras como punhais,
sons como vendavais entraram em mim
e gelaram-me.
Por isso não me toques!!
Da minha varanda, percorro toda a minha vida e choro..
Por dentro por fora, por tudo que sou e que não fui
Meto-me nojo
Sinto-me suja..
O ódio que vomito sai em enxurrada
E apetece-me matar, gritar, furar-te!!
Não me toques..
A rosa que escorrega em mim
Rasga-me o peito com espinhos densos
Como pontas de facas deprimentes
Cala-te!!
Leva contigo a voz, o grave, a fúria
O amor, o mel, a chama
Não penses que choro
porque não!!
Ergo-me a cada dia
Reacendo todas as noites
E toda eu força, magia..
Outrora conquistada
Em cada lágrima guardada!!
Minha alma gelou
meu coração ausentou
Eu...não sei onde estou
Sorrio..
Brinco..
A vida assim me ensinou..
Não me toques,
Não procures afectos, nem paixão
Onde já não há tesão
Esquece..lembrando-te o que podes ter e não ser
Só amamos quando nos tocam na alma
Por isso,
Não me toques..
..na alma..
Khadija!!
É no azul da água que me quero encontrar
Na palidez da minha alma que reflito..
E tu que te perdeste algures
Que trocáste teus trilhos..vem
Vem até mim,
Elevar nossas essências
Amarmo-nos apenas com o olhar
Comunicarmo-nos por telepatia..
Quero-te ansiosamente,
Saberei quando chegares
Um sinal trarás
Mas sabes..
Algum tempo morri
Não amo.
Não espero.
Nem te sinto..
Apenas respiro.
Respiro pequenos sonhos, desejos, cansaço
Mas vivo, vivo por alguém
Alguém que me ama
Que me respeita
Que se aninha em meu colo
Para quem sou o Porto Seguro
E me admira..
Apesar de diferentes sermos
Não tinha nada,
Tudo procurei
Nada achei
Porque tudo que precisava
Ao meu lado estava
Uma dádiva
A minha luz
O meu AMOR!!
Khadija!!
Olhando para trás que vejo
A criança triste que fui
A infância que nunca vivi
A timidez que me sufocou
O irmão que não conheci
o meu único amigo e avô que a morte já levou
O lar da avó onde dramaticamente cresci
Lá deixada pelos pais
Por quem a ausência tanto sofri
O meu sonho chegou
Meus pais vieram buscar-me
Mal eu sabia
Que outro pesadelo viria
Fui crescendo num ambiente pesado
Num meio desalinhado, violento, desfigurado
Consumindo minha alma
Tornando-me louca, debilitada
Sem prazer em mais nada
Sofrendo no meu silêncio, segui
Escondida no meu amargo silêncio
Ouvindo cataratas dentro de mim
Nas angústias e queixas
da inquietude do meu ser
Eu sobrevivi!
Com este passado amadureci
Sempre soube o que quis e não quis
Por companhia sempre animais preferi
É nos livros que procuro minha paz
É o mar que meu equilibrio trás
E a solidão ensina-me a ser amiga de mim
Vivo um dia de cada vez
Não ambiciono ser rica ou ter heranças
Porque não fui criança?!
Repugna-me por todo preço que paguei
A vida que eu não amei
Sentindo-me a princesa aprisionada,
sozinha na torre do palácio
Porque não me senti amada?!
Apenas quero despedir-me do medo, da dor
E viver em paz,
Com algum amor!..
Khadija!!
As flores comigo nunca falavam ,
Sempre me ignoraram
era para ti que elas olhavam
eu deixava..
era contigo que elas desabrochavam
e eu não me importava ..
Vais partir , abandoná -las
Fugir do inferno que só tu conheces tão bem
Não te Julgo , não te condeno
empurro -te chorando tua ausência
Minhas Lágrimas de saudade
tristeza
impotência..
As flores Choram !..
Nada fiz por ti
Por Mim Tanto fizeste
continuo presa a um medo medonho do passado
medo de ver -te sofrer
Mesmo sem mereceres ..
Quero que vás, não querendo
Quero que sejas feliz, ficando
Não oiças meus lamentos, vai andando !
Segue o teu destino, teu coração
As flores no teu pensamento irão..
Tanta gente ouvi , tantos conselhos dei
E a ti ?
NADA Fiz !
Contigo Sofrer , não quiz
Mas é por ti que morro
A ti que semper amei
Desculpa se não te escutei
Apenas dos teus sorrisos precisei
As flores estão de luto..
Deixarão de te Ouvir
de olhar
de te ver sorrir
Que será delas e de mim ?
Minha alma sangra
Minha sombra caminha sozinha
nao sei de mim , perdi -me
O meu porto seguro, meu chão, meu colo , Leva -os contigo
Não sei de mais nada
Corre, Luta ..
Acredito na tua fé
Acredito na minha dor
e
Acredito o que sinto nas entranhas da minha nascença
ESTE AMOR
que nunca há-de morrer
Vai, Não olhes para trás
Leva -me contigo, no teu coração
As flores ficam comigo..entenderão !
Khadija
Após ano e meio de ausência volto.
Neste tempo aprendi, evoluí, senti e enfrentei medos.
Voei alto e caí..e levantei-me..
A isto se chama de vida.
O que não nos destroi, fortalece-nos.
Até já!!
Khadija
O sono que desce sobre mim,
O sono mental que desce fisicamente sobre mim,
O sono universal que desce individualmente sobre mim
Esse sono
Parecerá aos outros o sono de dormir,
O sono da vontade de dormir,
O sono de ser sono.
Mas é mais, mais de dentro, mais de cima:
E o sono da soma de todas as desilusões,
É o sono da síntese de todas as desesperanças,
É o sono de haver mundo comigo lá dentro
Sem que eu houvesse contribuído em nada para isso.
O sono que desce sobre mim
É contudo como todos os sonos.
O cansaço tem ao menos brandura,
O abatimento tem ao menos sossego,
A rendição é ao menos o fim do esforço,
O fim é ao menos o já não haver que esperar.
Há um som de abrir uma janela,
Viro indiferente a cabeça para a esquerda
Por sobre o ombro que a sente,
Olho pela janela entreaberta:
A rapariga do segundo andar de defronte
Debruça-se com os olhos azuis à procura de alguém.
De quem?,
Pergunta a minha indiferença.
E tudo isso é sono.
Meu Deus, tanto sono!...
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
P.S. Estarei ausente para descanso por tempo indefinido
Khadija Mãe!
De súbito sabemos que é já tarde..
Quando a luz se faz outra, quando os ramos da árvore que somos soltam folhas e o sangue que tínhamos não arde como ardia, sabemos que viemos e que vamos.
Que não será aqui a nossa festa.
De súbito chegamos a saber que andávamos sozinhos.
De súbito vemos sem sombra alguma que não existe aquilo em que nos apoiávamos.
A solidão deixou de ser um nome apenas.
Tocamo-la, empurra-nos e agride-nos.
Dói.
Dói tanto!
E parece-nos que há um mundo inteiro a gritar de dor, e que à nossa volta quase todos sofrem e são sós.
Temos de ter, necessariamente, uma alma.
Se não, onde se alojaria este frio que não está no corpo?
Rimos e sabemos que não é verdade.
Falamos e sabemos que não somos nós quem fala.
Já não acreditamos naquilo que todos dizem.
Os jornais caem-nos das mãos.
Sabemos que aquilo que todos fazem conduz ao vazio que todos têm.
Poderíamos continuar adormecidos, distraídos, entretidos.
Como os outros.
Mas naquele momento vemos com clareza que tudo terá de ser diferente.
Que teremos de fazer qualquer coisa semelhante a levantarmo-nos de um charco. Qualquer coisa como empreender uma viagem até ao castelo distante onde temos uma herança de nobreza a receber.
O tempo que nos resta é de aventura.
E temos de andar depressa.
Não sabemos se esse tempo que ainda temos é bastante.
E de súbito descobrimos que temos de escolher aquilo que antes havíamos desprezado. Há uma imensa fome de verdade a gritar sem ruído, uma vontade grande de não mais ter medo, o reconhecimento de que é preciso baixar a fronte e pedir ajuda.
E perguntar o caminho.
Ficamos a saber que pouco se aproveita de tudo o que fizemos, de tudo o que nos deram, de tudo o que conseguimos.
E há um poema, que devíamos ter dito e não dissemos, a morder a recordação dos nossos gestos.
As mãos, vazias, tristemente caídas ao longo do corpo.
Mãos talvez sujas.
Sujas talvez de dores alheias.
E o fundo de nós vomita para diante do nosso olhar aquelas coisas que fizemos e tínhamos tentado esquecer.
São, algumas delas, figuras monstruosas, muito negras, que se agitam numa dança animalesca.
Não as queremos, mas estão cá dentro.
São obra nossa.
Detestarmo-nos a nós mesmos é bastante mais fácil do que parece, mas sabemos que também isso é um ponto da viagem e que não nos podemos deter aí.
Agora o tempo que nos resta deve ser povoado de espingardas.
Lutar contra nós mesmos era o que devíamos ter aprendido desde o início. Todo o tempo deve ser agora de coragem.
De combate.
Os nossos direitos, o conforto e a segurança?
Deixem-nos rir...
Já não caímos nisso!
Doravante o tempo é de buscar deveres dos bons.
De complicar a vida.
De dar até que comece a doer-nos.
E, depois, continuar até que doa mais.
Até que doa tudo.
Não queremos perder nem mais uma gota de alegria, nem mais um fio de sol na alma, nem mais um instante do tempo que nos resta.
Khadija mãe!
Não oiço nada.
Não sinto nada.
Vazio.
Choro porque sim.
Não é nada de especial.
Apenas tristeza.
Uma dor imensa.
Medo do escuro.
Apenas lágrimas reprimidas que se soltam.
Resolvo senti-las.
Chorar de dentro para fora.
Tudo.
Quase tudo.
Estou bem.
Já não estou triste.
O sorriso volta.
A voz acalma-me.
E eu deixo.
Espero por mim.
Agora sinto.
Alma lavada, regada, fresca.
Levanto-me.
A caminhada espera-me.
Sigo em frente.
A vida é um eterno recomeço.
Khadija Mãe!
O tempo resolveu mostrar que afinal o Inverno ainda existe e está cá para ficar...
E eu...
Tal como toda a gente ando por aí a "bater ao dente" de tanto frio.
Odeio o Inverno !!
Mas ..
Resolvi enfrentar o "touro pelos cornos".
Correr!
Correr com muita chuva..
Deixar-me possuir pela força do vento e correr...
Todos os dias, após um dia de trabalho, chego a casa, equipo-me a rigor e vou pelo passadiço pela beira mar e corro...
No meu corpo apenas existe um sangue quente-frio que irriga todo o stress e lava-me a alma de todas as impurezas do mundo. Aqui encontro-me com toda a essência de meu ser e sou eu
Eu e ninguém mais.
As gotas de uma alma molhada que cai sobre meu rosto
faz-me acreditar que vivo meia hora de êxtase e de luta por algo que passei adorar..
A chuva fria em meu corpo sedento de calor..
Tudo em mim aquece de uma forma fresca.
De olhos fechados trago (do verbo tragar) cada rajada de vento.
A respiração ofegante reclama por mais e mais..
E eu
Eu grito no meio do nada onde mais ninguém me ouve
Apenas eu
Sinto-me viva
Minha mente solta-se
Meu cansaço psíquico decipa-se
Meu corpo enrijece
Minha flacidez abandona-me
E eu
Eu sorrio novamente!
Khadija Mãe!
Mais do que um rosto enrugado é o sorriso que sentimos!
De repente lembrei-me que em breve faço anos.
Estou mais velha.
O que me serve de consolo é que não sou a única que envelhece, o tempo passa para toda a gente e as pessoas nem se apercebem...
Acho que toda a gente vive como se nunca fosse envelhecer e pior... como se nunca fossem morrer...
Tenho medo da velhice, confesso!
Sei lá, perder o tino, não saber quem sou..mas pior que isso é saber tudo e não poder fazer nada porque o corpo já não obedece...
Sinto que a única "coisa" que tem idade é mesmo o meu corpo porque a minha mente não envelhece, apenas a minha experiência amadurece, e todas as idades são fases novas de aprendizagem. Quando penso que já aprendi tudo e tunga!! ..lá vem uma cena nova que me abre o olho...
Por norma à minha volta existem pessoas mais jovens que eu mas nem por isso são mais evoluídas que eu, acho que pararam no tempo para não falar de pessoas da minha idade...
Já assisti a filhos a esquecerem-se dos pais por aí num lar qualquer ou em casa de uma pessoa amiga que até leva jeito para cuidar ..enfim..e o dever moral, a gratidão, o amor, a dignidade onde fica?? Será que estes filhos pensam que nunca vão envelhecer?
Acredito na lei do retorno. Se não fôr nesta será noutra mas que vens cá pagá-las ai vens vens!!
Ahh e tal ele/a já não me conhece e tal ou está muito bem assim..mas que é isto?
Será que não imaginam a dor destes idosos, de um pai ou de uma mãe??!
Passando à frente...foi só um à parte, já estou a stressar com esta ideia..
Quando o corpo envelhece e continuamos com o nosso espírito um eterno jovem? Porque criticam as pessoas?
ahh e tal já tens idade pa ter juízo...
Idade mas qual idade?Que gentinha mais patética..
Será que ainda não viram que estamos em pleno século XXI?
No outro dia a minha filha, que tem 11 anos, enquanto tomavamos banho as duas, perguntou-me assim: "- Mamy para que serve o clitóris?". Sorri e pensei: Finalmente a minha grande chance de te dizer a sorte que tens em ter um..lol ...lá lhe expliquei como deve ser, dando o nome às coisas, qual a sua função e que o melhor para que percebesse bem era mesmo ir descobrindo através do toque...blábláblá..
Algum problema?
Claro que não, as coisas são como são!
Porque estamos mais velhas vamos proceder como as nossas mães há 20 anos atrás?? Atenção, não critico a minha mãe, mesmo porque coitadinha eu é que lhe tive que dizer que ela era normal sim senhora...pois uma vez desabafou comigo muito tristemente confessando-me que não era normal pois tinha o prazer por fora...ups..
No mínimo caricato.
E quantas mais não pensam isso ainda hoje?
Porque ficam as pessoas escandalizadas quando dizemos que temos mais de 30 anos, principalmente os mais jovens, aqueles que pensam que vão ficar eternamente nos 20 ??
Depois há aquelas pessoas que nem precisam de envelhecer para ficarem feias porque já o são de nascença, não é bem pior?
Alegra-me que os anos passem para todos, pois cada idade ensina uma coisa nova.
Aos 20 pensava: "Deixa-me aproveitar porque amanhã ainda estoura uma bomba"
Aos 30 mais independente: "Olha vai à merda não me chateies!" Que se lixe a celulite mais as mamas descaídas, quem não gostar que se foda..
Aos 40...humm já falta pouco para saber...Será a famosa Ternura dos 40? Espero que sim, já que tenho fama de ser bicho ruim...lol
Tou curiosa!
E o bom do passar dos anos é mesmo esse, descobrir formas de estar, sem nunca perder a jovialidade de espírito...
Mais que qualquer ruga ou o tempo que cá passamos é sermos dignos de cá estar..sem falsos moralismos.
A vida não é nada mais que umas férias da morte!
Khadija Mãe!
Está quase na hora da despedida.
Brindo a 2008!
Bem...
As pessoas normalmente festejam sempre o ano que entra, mas na minha lógica de ver as coisas (que é quase sempre diferente dos outros não sei porquê) acho que devo felicitar e brindar ao ano que deixo para trás, refletindo sobre o que conquistei e no que perdi, mas principalmente no que evolui..
Vou pôr o meu melhor vestido preto não só para avultar aquele meu ar mais elegante mas para fazer o luto de alguns "mosquitos" que passaram no meu 2008...
Engraçado cada ano há sempre uma praga nova...irra, a deste ano seria a do dengue?lol..naaaaa eu não morri nem nada..
Nada de grave..
Grave seria eu não ter deixado de fumar..
SImmmm..consegui livrar-me desse falso amigo às vezes lá lhe dou umas tragadas mais para o social..tipo..como se fosse daquelas pessoas que não vimos há muito mas por hipocrisia até perguntamos "Tá bôaaaa??"
Hipocrisia..
Humm..
Aí está algo que aprendi em 2008
- Maria Khadija tens que ser hipócrita em 2009!!
Pois...essa vai ser a parte mais fodida em mim..
Essa merda não me entra na cachimôna.
Já pensei numa estratégia..tipo..ensaiar umas frases chaves, contar até 10 sorrindo sempre (tenho que lavar mais vezes os dentes em 2009) e dizendo.."acho que sim.."
Não há nada a fazer, vai ter que ser.
Para quem não sabe eu tirei o verdadeiro significado da palavra no dicionário:
"Manifestação de virtudes ou de sentimentos que realmente se não tem"
Sendo assim, no meu caso, o ideal é esconder os sentimentos já que os que tenho são em excesso, para quê mostrar mais aqueles que não sinto??
Nesta altura do ano costumo andar meia depressiva como quem diz meia fodida das ideias..já o cú não condiz com a careta e as unhas pintadas em preto fica um pouco sinistro, acho que não vou pintá-las..
Já que ainda me resta algumas horas de sinceridade e muita frontalidade, desejo a todos os meus amigos que tenham um bom ano cheio de coisas boas e más porque senão também não tem piada nenhuma... e para os meus inimigos desejo que se vão todos foder e cagar bem longe..
Até para o ano
Khadija Mãe!!
Há momentos na vida que temos de parar.
Reflectir.
No que fomos..
No que somos..
e no que queremos continuar a ser.
Hoje olho de mim para mim e vejo uma essência pueril esmagada por mentes perversas, que aprende de uma forma dolorosa que a impostura é dos sentimentos mais nobres nesta sociedade tão fastidiosa.
Cada lágrima nos ensina uma verdade..
Cada erro é um progresso.
Cada "amigo" esquecido é uma nova conquista.
Magoei e fui magoada.
Chorei e fiz chorar.
Odiada por uns, amada por outros.
Entre lágrimas e sorrisos sei que por onde passei
marquei
cravando meu nome em cada um
"Saudade"!
Fui má porque dei a verdade
Fui boa porque dei um pouco de mim.
Fui incompreendida e muitas vezes fodida
Fui destemida...
Fui eu!
A vida é um eterno recomeço
Cada dia é uma nova oportunidade
de crescermos
de aprendermos
de redimirmo-nos...
de sermos nós próprios ou não....
Khadija Mãe!!
Saudade.
Lembro tempos que vivi e os que não vi.
Tenho saudade de algo que não me lembro.
Mas lembro,
lembro que tenho saudade de ter sido o que não sou
Saudade de momentos astutos
de sincera paciência e dedicação
Onde o papel com mais perícia deveria ter sido o meu
Saudade de voltar no tempo e não ter sido eu
Saudade do que não vi
Palavras que não ouvi
ditas em atitudes que senti...
Nesta falsa nostalgia divago num tempo perdido
encarando uma dura verdade,
da Saudade..de
textos que li e reli
Uma vida que imaginei
Amores que se foram e
saudades que ficaram
Numa dôr camuflada que teima em gritar
Afago discretamente substituindo logo por esquemas inéditos
para distrair minha vasta imaginação..
E acalmar meu coração
Mas mesmo assim a saudade vem num dolorido aconchego, vazio
aperta-me o peito em forma de angústia e diz-me
o quão frágil afinal sou..
Perante esta quimera que tanta saudade me dá
Do que nunca vivi..nem vi
Apenas senti..
E o doce mistério ficou!
Khadija Mãe!!
Uma côr, um momento, um contraste..
Que somos todos senão todos diferentes e todos iguais?!
Que importa a pele?
Pele morena, pele mostiça, pele branca ou rosada, que importância tem??
E a alma terá côr?
Quantos brancos não terão a alma negra?
E se olhassemos para dentro de cada um para vermos a sua verdadeira côr?
Quando morremos que sobra de nós senão uma carcaça esquecida, fria, pálida e já negra..
Ponhamos preto no branco e digamos:
Não ao racismo!!
Khadija Mãe!!
Espero-te sob um vestido branco. Nunca te disse mas adoro vestidos.
Aqui, saboreio o vento e continuo à tua espera..
Fecho os olhos e vejo-te ..
Espero-te..
A fragância do deserto entra nas minhas narinas e extasia-me os pensamentos
Solto-me..
Meus pés descalços lembram-me que estou viva...sinto as pedrinhas que me ferem a pele.
Deixo-me levar
Revejo toda a minha vida e sorrio...
Sorrio de satisfação.
Sabes porquê??
Porque encontrei-te!
Encontrei -te no meio de tanta fultilidade que passou pela minha vida..
Amo-te!
Khadija Mãe!!
Voltei para as minhas palavras, desta vez sem ritmos nem
melodias, apenas constatações tristes, cruéis e diria quase sem qualquer surpresa porque no fundo todos nos habituamos a viver neste mundo que mais é uma selva, onde ainda há quem "mate" pelo simples gosto de ver o outro "morrer". A diferença entre nós e os animais? É mesmo essa, os animais matam para sobreviver, nós matamos pelo prazer...
Por vezes deixo-me cair pelo cansaço de tanta maldade gratuita a que assisto todos os dias, no trabalho, na rua, na televisão, enfim...
Para que mundo nos levou as modernices?A imancipação das mulheres que com isso apenas ganharam mais horas de trabalho e menos tempo para os filhos.
Em que se tornaram os jantares de família?? Ao som do telejornal, - sim...porque teimam em dar as más notícias sempre à hora do jantar - entre uma garfada e um tiroteio no monitor, sem qualquer problema em que a comida desça, porque aquilo até nem é conosco e vê-se bem pois já se tornou um hábito, melhor que um filme de acção, depois é engraçado pois vê-se o avô, a tia, os pais e os miúdos também, porque não?? E aquele ambiente familiar onde as pessoas conversam do seu dia-a-dia..?aaahhh sim um dia por outro lá acontece mas...com aquele ar de zombies de quem se resignou ao trabalho, à vida medíocre, ao cansaço...à vontade de não fazer nenhum o resto do dia muito menos aturar as pirralhices dos filhos...ou até assuntos que estes querem contar ..tipo "agora não querido, amanhã depois vemos isso tá?" e torna-se num amanhã que nunca mais chega, até darmos conta que não conhecemos os filhos que temos em casa e um dia continuamos a olhar o telejornal na hora do jantar e tumba..."ah aquele é o nosso filho!!?!"
Chega!!
Para quê continuar nesta correria sem sentido??
Parem e pensem!!
Pensem na vossa infância, nos sitios que podiam andar sozinhos (quase todos), na liberdade, no ar puro, nas aventuras saudáveis.
Pensemos nos nossos filhos!!
Quando o trabalho acaba devemos desligar o botão de tudo, de tudo mesmo...
Chegar a casa, sentarmo-nos descontraídamente e ouvirmos nossos filhos. Não importa a cama por fazer, o lixo que se acumula debaixo das portas, aquela janela que estamos sempre adiar para limpar, o jantar que precisa ser feito, a despensa que está quase vazia...
Esqueçamos tudo, até do marido se fôr preciso!!!
Mas não esqueçamos das nossas crianças...busquemos nelas o melhor de nossa vida, aquela magia especial que todos os dias usufruimos e por muitas vezes nem nos damos conta que somos uns felizardos. Esqueçamos o chefe que nos deu uma bronca, o colega que "bufou" ao chefe, da azafama do nosso dia...Para quê essas preocupações??
Afinal onde mora a verdadeira essência da minha, da tua, das nossas vidas??
Será no trabalho onde perdemos a maior parte do nosso tempo?Onde estamos enfiados horas a fio, por vezes esperando por um valor que não vem, enfim...
Aprendo com a vida que é hora de parar!
Ouvir a nossa voz interior..
Reflectir!
A vida corre rápido demais, de tal modo, que me assusta não ter tempo de ver minha filha crescer porque ando ocupada demais com coisas do meu trabalho, dos meus afazeres, da minha vidinha mundana supérflua...
Não me importa das coisas que ficarão por fazer, importa-me sim as coisas que poderei fazer pelo sentido da verdadeira essência da minha vida!
Khadija mãe!!
O Buddha apenas aponta-nos o caminho, seguir o caminho depende de nós.
Não cometer qualquer má acção, sempre praticar o bem, purificar a própria mente: Este é o ensinamento de Buddha.
Paremos todos um pouco por dia, meditemos sobre nossas atitudes...
Concentremo-nos no bem e o bem teremos...
Khadija mãe!
Há coisas que deixamos de fazer até de dizer...
Há pessoas que deixamos de ver e habituamo-nos a viver sem elas...
Há hábitos que teimamos em repetir porque achamos que sem eles não sabemos viver
MENTIRA!!!
Se há pessoas que conseguimos eliminar de nossa vida e até eram importantes para nós porque não abdicar de um gesto tão parvo que nos faz pensar que somos dependentes dele...
Querer é poder
Poder ser mais forte que um vício ou um hábito ..
é sabermos que somos donos da nossa própria vida
Sem nos sentirmos algemados à morte...
Khadija Mãe!!
Entráste batendo ruidosamente a porta atrás de ti, fizeste questão de não primar pela simpatia e foste embora. Achei-te intragável..
Repugnei-te!
Desprezei-te!
Mas foste entrando ao teu gosto...
e reveláste-te...
então lembrei-me de shakespeare:
"Um indivíduo pode sorrir, sorrir, e ser um vilão"
Tu não sorriste
Foste tu própria, apeteceu-te
Então contigo aprendi que
Um sorriso não vale nada quando nada quer valer...
Foste embora e deixaste-nos o melhor que trazes contigo, mas ninguém vê
O teu sorriso.
Obrigada
Khadija Mãe!!
Khadija Filha!!
Subirei as escadas contigo
Abrir-te-ei a porta do céu
levar-te-ei pela mão,
Ao lado de rosas vermelhas, que eu nem sabia que gostavas
e entregarei tua alma
Num embrulho de papel bem fechado
Onde descansarás livre no firmamento
Na paz dos Anjos
e
eu
Desfolharei o livro de minha vida, de onde uma pétala, de uma rosa vermelha cairá como uma lágrima de sangue, no chão, a meus pés.
Mas será nas mãos que sentirei o toque aveludado
O aroma forte a mudança
O fim de guerras estranhas incompreendidas
A doce paz de minha alma e da tua
O dissipar do sofrimento
do vazio
O Adeus das trevas
da escuridão
O fim de ti
O começo de mim!
E tudo nascerá num ramo de rosas vermelhas, que eu nem sabia que gostavas...
Um novo rumo
Uma nova paz
Uma nova mulher...
Uma nova vida
Onde tu também renascerás
descansarás
Sem que para isso morras em minhas lembranças
Transmitirei tua força
Tua garra
Tua vontade...
Não morrerás nunca
Nascerás sempre
Num ramo de rosas vermelhas, que eu nem sabia que gostavas...
Khadija Mãe!
Páro...
Espero que o nevoeiro passe...
E vejo!
O caminho que Deus quiz que eu visse abre-se lentamente diante de mim
e eu calco-o, deixando para trás pegadas decididas e firmes ...
Caminho, sem medo, por um trilho pedestre,
Apenas eu..
Eu..
Eu..e..Eu
Olho-me
Condeno-me
Esbofeteio-me
e
indigno-me com tanto tempo que perdi
e nada fiz ..
Saio de mim
Observo-me
Falo comigo
Discuto ferverosamente
e
Resigno-me
pelo tempo que perdi
Pelas flores que deixei de regar
E que tanto precisaram de mim
Onde eu estava?
A beber um copo e ouvir lamúrias de alguém
Para quê??
Para deixar as minhas flores murcharem
A minha vida passar...
E descobrir o quão vazio
foi este "passar"...
A luz vem vindo...
O sorriso também...
Khadija Mãe!!
Por vezes há momentos tão ou mais importantes que aqueles que se procura...
Por vezes, sem estar a contar alguém derruba o tal "muro" que pensara ser de betão..
E ficamos sem chão
Muitas pessoas passaram na minha vida mas poucas ficaram...
Tu passaste, paráste e ficaste
Abriste lentamente as algemas de meu coração
Em forma de um sentimento puro e leve
Não cobráste, não desconfiáste
Entregáste-te apenas...trazendo em teu olhar
Afecto, carinho, amizade
No sorriso trazias muitas vezes uma lágrima camuflada
Desses vazios tristes transformamos em paródia,
no desabrochar de uma flôr rara:
A amizade!
Hoje, caminhamos, mais fortes..mais unidas...mais amigas.
Algo de bom nasceu e cresceu
Deu-se um encontro de almas tão profundo que vi a luz que trazias
A lágrima rolou no meu rosto
E eu vi finalmente que Deus me enviou um Anjo doce, puro, lindo...
Mana,
Quando te sentires perdida num céu triste e cinza e nada,
Nada te faça feliz
Põe teu pensamento em mim e diz meu nome,
Lembra que sempre terás minha amizade.
Fala-me, busca-me e ao lugar que queiras irei
do teu lado, ali estarei.
Quando te sentires vencida
E dentro de ti não encontres paz
E à dor te entregares
Olha dentro de ti e ali me encontrarás
Serei tua pequena luz
Tua amiga
Tua irmã!
Kkadija Mãe!!
A flôr que veio junto com o cartão representa a união entre eu e tu.
A dita cuja flôr foi colhida numa bela manhã de Maio, numa manhã tão bonita como a flôr!
O que é o dia da mãe?
O dia da mãe é um dia alegre e preenchido de amor.
O dia da mãe é emocionante, excitante e motivante.
Não páras de me amar
Não me consegues parar,
Não me páras de ajudar,
Não páras de te esforçar
Nunca páras de me animar!
ÉS A MINHA MELHOR AMIGA
Khadija Filha!!!
Ai quem me dera
Que o azul azulão
Fosse da côr do meu coração!!
Ai quem me dera
Ser uma borboleta
E poder voar
Ser uma sereia
E poder nadar
No fundo do mar
Ai quem me dera
Poder voar
E pelo céu
As almas visitar!
Ai quem me dera
Ser uma princesa
Filha de um Rei
E pertencer à realeza!!
Mas não sou mais que uma Lua
Que sorri quando anoitece
E se esconde quando já há gente na rua!!
Khadija Filha!!
Foste uma guerreira incansável
Vi-te muitas vezes como um tsunami descompassado
Foste chuva com trovoada seca
Buliçosa
Poderosa
Imponente
Rainha do bem e do mal
Foste meu Anjo da Guarda
Minha salvação em horas aflitas
Foste Amiga dos pobres
Inimiga dos invejosos
Foste pedra foste mel
Foste minha
De todas, a mais forte das mulheres que conheci
A inquebrável,
A indomável
A maior força da natureza que eu senti
A mais temida pelos filhos
Mas amada por mim
Apenas eu, avó
Aprendi a conhecer, a entender, a respeitar
Os teus erros, a tua fúria desmedida, o amor que não demonstravas
Mas davas à tua maneira, do teu jeito
Que eu tão bem conhecia
Tenho saudades tuas
Do teu sorriso malandro
Do teu humor negro
Até do teu choro de mimo...
Temi-te, Odiei e amei-te
Hoje sinto tua ausência...
Choro pela tua presença
Sei quando me chamas em sonhos
Pedes-me uma visita
Uma recordação
Quero que saibas
Que jamais te esquecerei
E viverás sempre no meu coração
Khadija Mãe!!
Entrei!
Meus pés descalços pisavam um soalho castanho manchado, estrepitoso e gasto...
Na nuca sentia uma respiração ofegante como uma brisa inodora porém intimidante. Havia uma jarra vermelha pousada meticulosamente na beira de uma janela velha que apontava um céu de um azul prepotente. Ali houvera uma vida, soubera-o no momento...uma vida tão intensa que teimava em não partir. A cortina esvoaçava entre um pensamento e outro...
A brisa continuava...já com aroma a pétalas vermelhas...
O arrepio pela espinha acima foi inevitável!!
Alguns raios de sol já apontavam janela adentro ofuscando-me o meu olhar buliçoso.
Já nada seria como antes.
Continuei.
Minhas pernas fraquejaram quando a jarra caíra e a janela fechara copiosamente!!
Voltei-me cautelosamente
Nada vi
E lastimei..
Prossegui envolvida num mistério arrepiante com uma curiosidade colossal, maior que qualquer medo que viesse a sentir.
Meus olhos afeiçoaram-se a uma parede, de côr azul. Dela escorria um líquido perfumado a jasmim, a amor, paixão...
Meu coração palpitava inquieto como se me fosse escapar...
Senti tudo ali vivido.
Foi amor!
De uma forma angelical eu vi
e chorei...
Minhas lágrimas eram estranhamente sápidas
De minhas mãos exalava um cheiro a maresia brava...
Já nada seria como antes..
Aproximei-me da janela, apanhei a jarra vermelha que continuava intacta, e com minha boca entreaberta olhei no céu o mais lindo e inopinado dos quadros:
A fragrância em forma de luz, numa essência singular!
O verdadeiro Amor!
Já nada seria como antes...
Khadija Mãe!!
Em ventos inquietos
Descubro tempestades de calor
Onde sei de ti e nada de mim
Em que juntas , numa sintonia negra, sei-te de cor
Como gostava de te conhecer
Em cada dia que vivo
Renasço e...
Sou outra...
E digo o que não sinto
Sentindo o que não digo
E chamas-me de maldita...
Camufulo minha silhueta
Escondo-me de ti, do teu cheiro
E ambas lutamos,
gritamos sentimentos
e
No nascer de um novo dia
Prometemos tréguas
E tento ser novamente outra,
A mais normal dos seres..
Em vão!!
A ti, que me persegues,
Com tua forte fragrância
Não venhas junto com o sol
Sai daqui!!
És Escuridão
Negra ambição
que me marcáste a infância
Ora de medos, ora de solidão...
De ti quero distância
Cheiras a cinzas,
A morte longa
Sem palavras doces
Amargas minhas palavras
Transformas-me no mal, num negro fedorento
Onde eu não entro
apenas rebento
Em aromas podres..
Khadija Mãe!!
Haverá coisa melhor que sentir o som das águas a jorrarem dentro de nossa alma?!
Eu estive aqui...
O Verdadeiro paraíso!!
Quanta beleza, aqui minha alma levitou...
Respirar fundo...
Parecem ter vida...
Tudo pára, apenas resta o crepitar das águas em dueto com o arvoredo...e soltam-se as notas da natureza viva!!
Nada como sugar a força de um cavalo...
Indescritível...
A beleza deles que tanto me fascina...
Simplesmente uma imagem a pintar e não esquecer...
Para espreitar e deliciar
Para relaxar e respirar...
Algo que me fez lembrar a minha infância...que saudade..
Gostava de os levar para casa...pois..
Trocaria vários minutos da minha vida por metade destes...
Levei a minha alma a caminhar...na descoberta do paraíso!
O prazer de caminhar..
Um olhar...um suspiro..
Nada seria tão perfeito sem ti por perto...amo-te!
O mundo pára aqui...no Gerês!
Khadija Mãe!!
A Khadija é a minha cadelinha preta labrador mais nova. É muito carente e sossegadita. Aquele ali atrás é o emplastro, já falarei dele a seguir, não pode ver uma maquina fotográfica que logo se põe em acção (LOL)
Isto é para ti minha menina fofa:
- És querida, fofa, beijoqueira e muito mimadinha ..ahh e dorminhoca.
Se és maluca ou sossegada não me importa, o que me importa é que és da familia, um beijo da tua dona mais nova
Este é o Bóris, o meu cão labrador tal como a Khadija. Ele é diferente: irrequieto, muito brincalhão, malucoide pela bola...ah e adora paus..muitos paus...
Para ti Bóris:
-Adoro-te meu ganda maluco!! Beijocas da tua doninha.
P.S. Não se esqueçam que o segredo para que os animais vos ganhem respeito é o AMOR!!
Khadija Filha!!
Entro
Levanto as mãos
Converso CONTIGO
Como a um amigo
Confio-te ainda
Os meus pensamentos,
partilho momentos,
analisas meus medos
escutas segredos,
vês o rio
que corre pelas faces
E sentes o frio
da falta do abraço..
Só TU sabes
como sorvo o deleite
que invento,
embriago-me no sentimento
para esquecer
o medo
a angústia da dúvida
que na razão
desperta
a cada momento..
Só TU sabes
Só TU me conheces
Só TU me esperas
Só tu me amas
como mais ninguém
ousaria...
Khadija Mãe!!
Voltei!!
Depois de algum tempo de ausência, de umas boas férias de escrita, por motivos alheios à minha vontade, resolvi dar o ar da minha graça e renascer num outro formato, talvez o mais sublime, singular e belo - o de
Mãe&Filha!
Nesta minha simplicidade, e juntamente com a minha filha, serão formadas e prenunciadas
palavras sentidas,
amor que nunca morre,
dor que grita pela saudade!!
Como mãe e mulher sou aquela que não mostra as fraquezas, que transmite segurança, mas é por ti que
Entre as flores procuro teu cheiro
No mar teu suor
No sol teu calor
Na Lua o teu olhar
Nos pássaros a tua voz...
E no escuro da noite espanto meus medos
Nos caminhos que percorro, vejo-te sempre a meu lado, e por ti
Entregaria meus olhos,
meus braços,
Minha voz...
Minha alma
Pois eternamente vou te amar
e a solidão em meu peito nunca mais irá entrar
pois pequeno é o tempo
que contigo quero estar
A eternidade!!
Amo-te minha doce princesa!!
Khadija Mãe!!
Eu adoro a minha mamy e se me perguntarem do tipo "gostas da tua mãe?" eu diria "Não, eu não gosto da minha mãe, eu adoro-a ou seja amo-a!
Quando levo um recado da escola para casa por faltas de TPC e como ela é sempre boazinha comigo, fico sem coragem de lhe mostrar o recado
M - Mãe sempre foste compreensiva comigo
A - Ando sempre de cabeça no ar mas tu alertas-me sempre...
E - E sempre que precisares de alguma coisa eu estarei lá, tu não me podes ver, mas o teu coração pode!
Khadija Filha !!
Entrei.
Sentei.
Meu olhar percorre o espaço.
Espero.
Faço juízos indefinidos e espero novamente.
A porta desloca-se.
Abriu-se.
Um vulto entra em cima de uns saltos altos e finos, clássicos, pretos, bonitos, femininos, transportando um corpo com perfil sumarento e silvestre envolvido por cabelos negros, compridos, cobrindo um rosto destemido, moreno, esguio, e com passos meticulosamente ensaiados e perfeitos caminha num som atrevido.
Os sapatos denunciaram-na .
Eu vi.
É olhando nos sapatos que adivinho o estado emocional dela.
As metas e expectativas, a sua auto-estima está em alta, está disponível para sexo. Alguns tipos de sapatos femininos, como mocassins e ténis, são sexualmente neutros, mulheres que usam habitualmente esse tipo de calçado não se preocupam em propagar agressivamente a sua sensualidade. Uma mulher de salto alto é uma sereia, olhada tanto por homens como mulheres – embora por motivos diferentes. Agora penso e entendo finalmente o porquê da preferência do príncipe pela Cinderela em vez das filhas de sua madrasta: só ela possuía pés e sapatos de salto alto tão perfeitos que tirariam qualquer um do sério.
O fumo solta-se do meu cigarro entre uma e outra tragada, minha única companhia desta noite neste bar. Pessoas animadas, diferentes, gordas, magras, acompanhadas espalham-se pelos lugares e eu...
sozinha observo.
Com papel e uma caneta ora escrevo ora levanto o semblante e aprecio comportamentos de quem foge de uma vida atinada e tira umas horas para se libertar.
Ninguém me vê.
Penso eu.
Continuo a divagar, a fazer juízos de valores mas resignando-me à minha invisível e humilde existência.
A música parece-me animada.
Aprovo.
As idades misturam-se, faz-se um encontro de gerações e vivências camufladas.
A noite corre num ápice, tal como meus devaneios...
Continuo sozinha...
Preocupante?
Não!
Apenas uma opção intrigante , misteriosa para uns, estranha para outros, para mim a mais perfeita, tão perfeita que atrevo-me a pedir uma super-bock sem álcool a um moreno escultural, alto que por ali servia...
A tal de salto alto levanta-se.
Isto interessa-me.
Um dia destes compro uns saltos assim. A ideia faz-me cócegas no dedo mindinho do pé. Sei que me vai aumentar a auto-estima, vou parecer irreconhecivelmente maior, em contrapartida aniquilará o meu dedo preferido. O salto alto foi considerado uma arma mortífera, embora pareça um grande exagero, mas mesmo assim uma mulher com saltos muito altos e finos de facto parece estar com um objecto mortífero atado aos pés. Por isso eu estava bastante atenta a cada movimento pronunciado por aquela mulher que tinha entrado ali com o seu ar à “El Matador”.
Levantei-me.
Paguei.
E fui dormir.
Amanhã comprarei uns saltos altos.
Boa noite!!
Segredos de Khadija!!
Na praia, um barco, um farol apagado...
E numa dança louca
Os tambores ressoam entre o céu e o mar...
A noite cai,
Sou invadida pela escuridão do momento,
Fecho os olhos e pressinto no ar a conspiração dela que me fere o olhar
E mergulha em meu corpo sombrio,
No seu dom eu me abandono...
Muita lenta, vagarosa, sem ter pressa de chegar,
Ela vem...
A Rainha da Noite!!
Foge, tenta enganar, grita um nome
Incendeia-me!!
Brilha numa pedra falsa
Quer oferecer o que ninguém me deu
Confunde-me com uma joia rara
E eu deixo enlaçar-me numa valsa
E os tambores ressoam entre o céu e o mar.
Inocência de um tempo longinquo
Onde a voz solta-se-me num grito mudo
O farol acende-se, o barco afasta-se, a praia desabrocha.
Livre, sem medo
Conquista meu mundo
Solta-se um beijo
E o papel principal é meu.
Amanhece
A luz agita-se sem querer
Rendida, vejo-a partir
Onde eu queria ir um dia
Rasga-se o céu e perde-se no tempo,
A senhora do tempo sem fim
Vejo-a perder-se por recantos
Porém, sem mim!
O barco ancorou, o farol apagou, a praia acordou
e...e...
A Lua abalou!!
Segredos de Khadija!!
Solidão não é a falta de pessoas para falar, namorar ou simplesmente passear...Isso é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos devido à ausência de entes queridos que nunca mais voltam...isso é saudade.
Solidão não é o retiro solitário que por vezes nos impomos para reorganizar os pensamentos...isso é equilíbrio.
Tão pouco é o claustro involuntário que o destino nos impõe para que revejamos nossa vida...isso é o princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de pessoas à nossa volta...isso é circunstância.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos, em vão, pela nossa alma!
Segredos de Khadija!!
Parei em algures no tempo...mas onde? Porquê?
Porém caminho por ruelas e calçadas, sentindo sob meus pés o cascalho que teima em perfurar minha pele macia ...
A dor relembra-me da minha inútil e efémera existência e atira-me para meus pensamentos mais macabros, e descubro, de vez enquando, que um dia o sol não conseguirá aquecer meu corpo gélido e pálido. Porquê?
Extenuadas, minhas pernas seduzem minha alma e juntas , mesmo prostradas, todos os dias abraçam-se numa secreta cumplicidade e ninguém nota, ninguém...o quanto a ainda curta vida lhes cansou.
Derrotada, olho em volta e amargurada somo e sigo vivências com gosto a revolta, raiva e nojo do mundo...Porquê?
Poderei ter direito a morrer por uns dias?Não?Porquê?
Porque afinal já morri...
e nem vi...
nem senti...
Mas sei que um dia vivi!
Segredos de Khadija!!
Há uns dias apanhei um autocarro que faz toda a marginal, desde a praia de Matosinhos até à foz do Douro, e termina perto da Ribeira. Estava uma manhã leve, clara e amena, como não se vê muito no Porto. O céu era de um azul intenso e cheirava ainda a Verão. Mal entrei no autocarro, um inesperado cheiro a peixe atingiu-me de tal maneira que ainda considerei abandonar o transporte, mas já estava atrasada demais para o fazer. Sentir logo de manhãzinha o odor do peixe cru e fresco não é propriamente uma das minhas coisas favoritas. Como não havia lugares sentados, fui obrigada a avançar para a parte mais recuada, e pude ver a causa de este transporte público cheirar como uma peixaria.
Na parte central do autocarro estavam pousadas duas enormes cestas repletas de peixe. Cestas de vime, à antiga, resguardadas por panos alvos e debroados, feitos à mão. Cada uma das cestas levava imensos peixes diferentes, e deveria pesar uma boa vintena de quilos. Quem as levava eram duas senhoras idosas, peixeiras de Matosinhos. Uma teria já passado seguramente dos seus sessenta anos, a outra aparentava ter mais de setenta. A minha reacção, após me passar a irritação criada pelo cheiro desagradável, foi ficar a olhar para as duas idosas que conversavam animadamente, frescas e alegres como dois pardais no raiar do dia. No meio de tanta gente calada, sisuda, incapaz de cumprimentar ou falar para o vizinho do banco do lado, ver aquela parelha a conversar e a rir como se estivessem numa festa popular, fez-me sorrir sinceramente, e pensar. Como seria possível ter aquela força? Eram duas velhinhas pequenitas que estavam à minha frente. Os seus cabelos eram um desalinho de cãs, as roupas pobres e humildes. As mãos eram secas e fortes como as de um homem, e as pernas já deformadas pelos esforços da vida. Os seus rostos estavam indelevelmente marcados pelos muitos anos das suas profissões, pelos desgostos, pelas perdas, pelas lágrimas e pelo sol. Mas também havia marcas de alegria naquelas rugas, e os olhos da mais velha brilhavam enquanto contava à outra um apuro que o seu filho havia passado no mar uns dias antes. E às vezes, entre algumas enxurradas de palavrões, tinham umas expressões de tal modo castiças que não conseguia evitar uma gargalhada semi-abafada. Como alguém um dia disse, era a música masculina das palavras sem vileza, tão típica do Porto. E como gosto das falas esguias e cortantes das peixeiras desta cidade quando, estupendas, dizem ditongos que nenhum linguista romântico conseguirá alguma vez explicar.
Perto da Foz velha deram sinal de saída e, perante o olhar incrédulo de toda gente, motorista incluído, arrastaram as cestas de vime para junto da porta e puseram-nas à cabeça, sobre uns lenços. Agradeceram ao motorista por ter esperado o tempo suficiente e abalaram, rindo das expressões admiradas das pessoas que as olhavam. Como se estas nem imaginassem a força que tinham e o que já haviam passado estas mulheres. Mulheres que são mães, avós, companheiras ou viúvas, e me deixaram surpresa e emocionada por, no meio de vidas certamente tão humildes e difíceis, na velhice, conseguirem mostrar uma atitude que a maior parte de nós não é capaz.
Segredos de Khadija!!
Lindo
Meu
Amoroso
Palavras para quê??
Segredos de Khadija!!
Rendi-me aos encantos destes pequenos seres e resolvi dedicar-me à sua criação. Ficam lindos no meu jardim não??
Não sei porquê mas sinto-me apaixonada pela raça (labrador), lindos, amigos, companheiros, bons ouvintes e ao contrário do homem, não reclamam o tempo inteiro...(lol), claro, apenas muitossss miminhosssss....São super dóceis e afáveis...Agora não sei qual o mais bonito, se o chocolate, o bege ou o preto...Solução: Adquirir todos!!! Acho-os o máximo!!! Um já tem nome: Bóris!!!! Agora preciso de mais um nome feminino e outro masculino. Adoro ideias originais!!! Fico à espera....
Youppiiiiiiiiiii
P.S. Nem imaginam a carta que me escreveram:
" Agora que és minha dona peço-te amor. Decidiste responsabilizar-te por mim e sinto-me agradecido pela tua determinação. Existirá entre ambos um secreto pacto de confiança que jamais será quebrado minha parte.
A vida!!!
Carros apressados, ruas cruzadas, pessoas perturbadas, esquinas perversas, lágrimas sufocadas, medos profundos, fobias camufladas, mas ninguém parece notar o choro de uma criança, a solidão de um idoso nem o sofrimento de um amigo...
É a vida...
De olhos fechados observo tudo isto, não lamento, apenas ouço o som do meu olhar, perfumes que se misturam nos meus sentimentos e entrego-me em doces odores de incensos que invento, na melodia que o meu coração canta para mim e... vivo...
É a vida...
Vicio-me na minha felicidade, no meu sorriso, na minha entrega e deixo flutuar o brilho da minha alma vestindo-a de roupa de festa e vivo...
É a vida...
A cada dia, valorizo o que o novo dia me segreda, sigo os sinais por onde ele me guia:
A vida...
Reinvento um livro em branco onde não escrevo meras palavras, nem frases complexas, não...apenas desenhos, e em cada risco que traço é um pedaço de mim onde me reencontro sem procuras, nem devaneios vazios...sinto-me livre!!
Livre de tristezas, de procuras infundadas, de vazios sem sentido, entrego-me à vida, ignoro o mundo, aprendo, usufruo, desprendo-me voando comigo mesma...Desculpem-me o egoísmo, mas...
É a vida!!
Perco-me em momentos que me relaxam onde me entrego em pequenos grandes prazeres, uma música alta, o crepitar da fogueira que vejo na minha lareira, o meu corpo que grita de paixão, um livro deveras viciante, as palavras ocultas do mar alto, uma sala onde os objectos falam comigo e revejo-me no silêncio que todos os dias anseio, procuro, exijo... sim...adoro o silêncio da minha alma que me alimenta as forças do meu filme:
O da minha vida!!!
E enquanto vivo, fecho os olhos e espero tranquilamente o seu amanhecer...até o dia mais calmo da minha vida:
A doce e inevitável morte!!
Segredos de Khadija!!
Estava deitada, na minha pequena cama, sentia-me aconchegada...Tava escuro, meu olhar passeava pelo quarto, o silêncio era ensurdecedor, conseguia ouvir as pancadas de um tambor, aquilo assustava-me e eu encolhia-me...Seria ele?? Não ainda não era, apenas o meu coração aos pulos de tanto medo que sentia. O sono não chegava, eu ali, tão pequenina, tão frágil, a cada ruído escondia-me debaixo dos cobertores e esperava que não viesse ter comigo. Como seria? Que medo!!
Encorajada, levantei-me, pé ante pé, espreitei na cozinha mas a escuridão era imensa, ai que medo!! Corri novamente para a cama...ai que noite longa!!
Queria ver-te mas não queria, tinha tanto medo...mas medo de quê?? Serias simpático? Como é que ias entrar em minha casa??Pela chaminé??Mas como se diziam que eras tão gordo??Bem isso não importava já que toda a gente me afirmava que sim, era possível, por isso quem era eu para duvidar?
Apenas uma criança inocente!!
Nessa altura tinha que esperar o dia seguinte para ver se ele se tinha lembrado de mim, aquela espera era angustiante, a noite mais longa do ano...mas quem disse que ser criança era fácil?
Para mim não era!
Recordo-me apenas desta noite porque será?
Será que o Pai Natal apenas se lembrou de mim naquele ano?
Provavelmente.
Não me lembro como adormeci, apenas da prenda que ele me deixou na minha bota:
Um modesto estojo de Lápis de côr, azul.
Nesse dia senti-me feliz!
Agora eu pergunto-te Pai Natal:
Agora que a minha chaminé é maior porque não trazes presentes para mim?
Gostarás tu de chaminés mais apertadinhas ó cu gordo? Lol
Feliz Natal para todos que por aqui passam!!
Segredos de Khadija!!!
Quantas Crianças...
Quantas crianças inocentes
destas guerras travadas
choram por não terem o que comer?
Terão ainda lágrimas?
Poderão alguma vez esquecer?
Nascem com o destino traçado
Não têm pão nem o que beber
Sentem no esqueleto
dia após dia, o amargo sofrer.
Será que ninguém vê que elas estão a morrer?
Que falso mundo é este
que nascemos sem pedir
E morremos sem querer?
P.S. A pedido de várias familias resolvi ficar, esta é a minha «casa»
Segredos de Khadija!!!
Segredos de Khadija!!
"...Depois de algum tempo você aprende a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança ou proximidade. E começa aprender que beijos não são contratos, tão pouco promessas de amor eterno. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de um adulto - e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, ao passo que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol pode queimar se ficarmos expostos a ele durante muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe: algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e, por isto, você precisa estar sempre disposto a perdoá-la.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva um certo tempo para construir confiança e apenas alguns segundos para destruí-la; e que você, em um instante, pode fazer coisas das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e verdadeiros amigos foram a nossa própria família que nos permitiu conhecer. Aprende que não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os amigos mudam (assim como você), perceberá que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou até coisa alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito cedo, ou muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez que as veremos; aprende que as circunstâncias e os ambientes possuem influência sobre nós, mas somente nós somos responsáveis por nós mesmos; começa a compreender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que se pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto. Aprende que não importa até o ponto onde já chegamos, mas para onde estamos, de facto, indo - mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar servirá.
Aprende que: ou você controla seus actos e temperamento, ou acabará escravo de si mesmo, pois eles acabarão por controlá-lo; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada ou frágil seja uma situação, sempre existem dois lados a serem considerados, ou analisados.
Aprende que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências de seus actos. Aprende que paciência requer muita persistência e prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, poderá ser uma das poucas que o ajudará a levantar-se. (…) Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido: simplesmente o mundo não irá parar para que você possa consertá-lo. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante você mesmo seu jardim e decore sua alma - ao invés de esperar eternamente que alguém lhe traga flores. E você aprende que, realmente, tudo pode suportar; que realmente é forte e que pode ir muito mais longe - mesmo após ter pensado não ser capaz. E que realmente a vida tem seu valor, é, você, o seu próprio e inquestionável valor perante a vida..."
William Shakespeare
Toda eu luz, transformada num pequeno ponto branco…a morte assentava-me bem, sentia-me bonita, leve, sem idade…
A minha morte parecia um sonho, algo diferente do que costumava ser a minha realidade, às vezes achava estranho porque não acordava, mas com aquela paz e serenidade quem queria viver?! O que mais me agoniava era não poder comunicar com a vida, ver as pessoas diante de minha alma e não poder tocar, nem falar, ahh mas eu podia sorrir…
Sim sorrir,
Por onde eu passasse com meu sorriso ninguém chorava,
eu sabia que a minha presença sentiam,
pois sorriam…
Comigo levava o melhor sentimento em forma de luz, em cada lágrima que brotava
Um sorriso escapava
Em cada dor que eu presenciava
Um sorriso aliviava…
Seria eu um anjo bom?! – Estava eu a pensar nisto (sim eu também pensava), quando me lembrei de algo de minha vida:
Havia uma pessoa muito querida, que esperava, deitada numa cama, por esta mesma paz que morro agora (não podia ser “vivo”, estou morta, lembram-se?) eu sabia que ela estava na contagem decrescente, como isso me fez sofrer tanto meu Deus, sua partida assim…eu não a ia ver mais, mas eu sabia que ela ver-me-ia …
Eu sabia que me vias…
Em seu leito meu avô disse-me:
- Eu sei que vou morrer – Meu Deus como aquilo sangrou meu coração, porque eu também sabia isso…
Eu sabia…
- Não te preocupes vô, depois disso serás meu anjo da guarda que eu sei, e estarás em paz, não tenhas medo vô…! – Disse-lhe eu isto ao ouvido, meu rosto colado ao dele, com uma lágrima presa em meus olhos, ao qual ele respondeu-me:
- Será miga?? Quem me dera meu Deus!!!
Eu sabia que eras!!
E onde andas agora que eu não te vejo, avô meu??
De que côr será tua luz? Aposto que branca tambémJ
Ali sentada,
Lembrava-me de pequenas grandes coisas de minha curta vida, de momentos lindos, de feitos únicos, de pessoas boas…
Poucas, muito poucas…
Mas algumas trouxe no coração de minha alma, as suficientes para nunca me ter sentido só, naquela selva que era a vida…
Nesta paz que é a morte…
Serei sim, anjo da Guarda de todas elas, terei sempre o mesmo ombro amigo para dar, transformado numa brisa suave e doce nos seus ouvidos, de forma a tocar seus corações…
Lembrava-me das que perdoei
E amei…
Das que me amaram e odiaram,
Das que não conhecia
E ajudei…
Das palavras que escrevia em textos profundos…e chorava…
Das surpresas que fazia, das frases que dizia…
E das frases que não disse, e diria..
Se a morte não viesse e me levasse …eu viveria…e falaria:
- A vida é a passagem para a morte, a morte é a recompensa da vida…o teu ansiado sono profundo, a tua paz, por isso não chores porque morri,
Sorri, porque vivi!!!
Segredos de Khadija!!
É domingo, daqueles muito estúpidos mesmo, em que toda a gente sai à rua de carro, numa calma e pachorra desenfreada que até dá nervos e eu..
Eu apenas faço o contrario dos dias normais, desço a minha rua a pé olhando pausadamente para o que me rodeia: O jardim da 1ªvizinha de baixo que tá mais bonito que ontem, engraçado, pois falta cá o "King", o boxer maluco, que me habituou aos seus arrufos cada vez que passava no portão, ouvi dizer que morreu, sinto falta dele, de olhar para aquele focinhito e rir-me dele, achava-lhe tanta piada...uns metros mais abaixo as moradias têm muros altíssimos, nada dá para observar, então resigno-me a meus pensamentos por alguns instantes. Atravesso a rua e dirijo-me para a praia, apenas lá encontro um vulto, provavelmente tão pensativo como eu...Espera, é uma senhora idosa, que estará ela a pensar, está tão fixa a olhar o mar, parece que hipnotizou...! Será que está bem?...nem sei se me aproxime e pergunte, aiiii, aguardo mais um pouco...
Estará ela a recordar o passado, ou simplesmente à espera de alguém?!..Se calhar também gosta de vir cá ver o mar como eu, será isso concerteza...! Devagar, para não interromper nada sento-me relativamente perto dela, um pouco mais atrás, e sigo o seu olhar, deixando-me envolver pela brisa salgada e pelo barulho das ondas...
De repente...ouço uma voz que diz:
- Não penses naquilo que fizeste de mal nesta vida, pensa sobretudo no que poderias ter feito e ainda não fizeste, não esperes para chegares à minha idade e arrependeres-te do que não fizeste, vive, ama e principalmente deixa que tua alma evolua e deixa amolecer o melhor que há dentro de ti, verás que o céu será mais meigo, o mar mais conselheiro e tu mais feliz...
Fiquei estática com aquelas palavras, mas resolvi indagar:
- E que faço com as pessoas más e egoístas?
- Não lhes dês importância, segue o teu caminho, pois em cada pessoa má, encontrarás duas pessoas puras e boas, e quando chegares à minha idade, vais estar aqui no mesmo sítio que eu e vais te sentir leve, jovem, sábia e bonita...
- Jovem?..bonita? Como?
- Somos todos lindos, independente de aparência física, porque é linda nossa alma e linda a nossa coragem de amar! Portanto, não me enterres antes da hora. Vivamos, vivamos! No momento certo, outros nos enterrarão, gratos pelas lições que lhes deixamos.
Levantou-se, e ainda de pé, deixou-se estar um bom tempo assim, mas antes de ir embora, olhou-me bem dentro dos olhos, no seu rosto havia serenidade, leveza e não tinha dentição mas mesmo assim, ofereceu-me o mais belo sorriso que algum dia eu tinha visto, fez-me lembrar um bébé nos seus melhores dias...!
Sentada estava, sentada continuei, enquanto aquela sábia alma ía se afastando pela areia, apanhando "beijinhos" do mar...
Depois de feito o meu retiro espiritual tão profundo, tinha acabado de descobrir que aquele domingo tinha sido o mais importante de toda a minha vida...O frio e o vento tinham tomado conta da praia como se dissessem "vai-te embora" e eu fui.
Calmamente, envolta de meus pensamentos, subo novamente a rua e depois de bater a porta, livro-me dos agasalhos, caminho em direcção ao escritório e já sentada de frente para o pc abro o meu romance e tento envolver-me na história mas parece que a inspiração não vem...Acendo um cigarro e olho para as bolas de fumo no ar...nada..não consigo continuar a escrever, a imagem daquela velhota não me sai da cabeça...! Bem, o melhor será arrumar a instante dos livros que já há muito se queixa de tanta desarrumação... Qual o meu espanto, quando vejo a recordar-me de meus livros de infância, enaa..um álbum de fotos, a minha mãe, o meu pai...o meu primo, aquele que fez comigo a primária, que será feito dele?...desde que a minha avó faleceu não sei nada dele, sim...era ela sempre que se preocupava com ele, que não dormia sismando na pouca sorte do Gil..coitado...mais gente que não conheço, mais primos...tios e tias que nem sei onde estão...Mas...o quê??!! Quem é esta!!!?? Meu Deus, a senhora da praia!!!?
- A minha Bisavó...!!
O silêncio, a ausência, a saudade e o espanto apoderaram-se de mim...de meus segredos...
E eu sentei...e chorei...sorrindo, provavelmente o melhor sorriso da minha vida..!...
Os Segredos de Khadija!!
Cada lágrima que chorei, guardei...
Hoje, cada sorriso meu, ofereço...Pois quem guarda, tem...
Ali, sentada ao lado do rio via passar toda a água que derramei,
todos os maus momentos que vivi, recordei e ...chorei...
Cada dor que senti, perdi
Cada sorriso que dei, esqueci...
Hoje, cada lágrima que desliza no meu rosto
É apenas um refresco do sofrimento
Que outrora senti:
Chorei pela amarga solidão, pelos caminhos errantes que escolhi
E de tudo que aprendi, por cada lagrima de tristeza que chorei
Hoje sei..!!
Que mesmo chorando, eu sorri!!
Segredos de Khadija!!
Como eu queria ver bem longe!...Para além do presente, sentir o futuro e tomar a opção certa sem erros...E quem não gostaria?!
Como não consigo limito-me a arriscar como num jogo, escolher caminhos certos ou não...e é neste sabor de incerteza que a vida vai ganhando um jeito de mistério numa entrega medrosa em que todos os medos e fobias são enganados por forças ocultas da nossa mente...É nesta experiência de jogo que a lágrima se transforma em sorriso, que o grito ameniza a dor e a idade vai avançando com sabedoria...
Nessa sabedoria busco o meu porto de abrigo, aconchego-me numa cúmplicidade invisível onde reencho o brilho do sol e a plenitude da lua... é aqui que do meu olhar observo o mais lindo do eclipse:
O reencontro de duas almas que se amam e se completam no seu mais belo livro de amor...
E nesse livro da vida leio palavras intensas, ora de paixão ora de tristeza, neste alucinante caminhar que me debruço sobre sentimentos escondidos que se recusam falar, e nestas linhas escritas deparo-me com fortes emoções camufladas que a pouco e pouco as consigo interpretar e os momentos mais bonitos renascem de uma sintonia plena...sem segredos..
Os Segredos de Khadija!!
Através dos caminhos que passei, em cada canto das estradas, eu via uma imagem.
Não sei se era amor ou atração, mas sei que não tem definição.
Em alto mar...
Nas imensas ondas..
Eu podia refletir uma imagem, na luz da lua que refletia nas águas.
À noite guando ia dormir sentia um aperto grande, pois aquela imagem não saia do meu pensamento...
Fui ao infinito procurar, mas...
Encontrei apenas...
Saudades.
Saudades de quando eu acreditava em felicidade, e que os principes existiam...
Não tinha conhecimento que tudo que eu via era...
Ilusão!!!
E a realidade está aqui...
Bem pertinho de mim!!!
Pois nem tudo em que acreditamos existe, é tudo pura ilusão!!!
Os Segredos de Khadija!!!
Lembro-me o que fui dantes. Quem me dera
Não me lembrar! Em tardes dolorosas
Eu lembro-me que fui a Primavera
Que em muros velhos fez nascer as rosas!
As minhas mãos, outrora carinhosas,
Pairavam como pombas... Quem soubera
Porque tudo passou e foi quimera,
E porque os muros velhos não dão rosas!
São sempre os que eu recordo que me esquecem...
Mas digo para mim: "Não me merecem..."
E já não fico tão abandonada!
Sinto que valho mais, mais pobrezinha:
Que também é orgulho ser sozinha,
E também é nobreza não ter nada!
Os Segredos de Khadija!!
Enquanto os braços gelados do mar cobrem meus pés e apagam minhas pegadas, a areia cede sob meus passos. Sigo pesada, deixando para trás pegadas que o mar as possuirá e guardará dentro de sua caixinha de lembranças...Enquanto isso, o seu sal irá cobrir os pássaros, depois, a relva cantará e todos os meus pensamentos negativos não passarão de um trago de fumo saído de uma chinchila árabe...
Então preparo-me para voar, abro os braços e entrego-me a esta brisa que me levita no ar, de mulher transformo-me em doce menina querendo acreditar que os pássaros também falam e eu também voo...Loucura será deixar de acreditar que as flores também pensam e os homens já não amam...e que os segredos já não são o estímulo da vida...
É neste crepúsculo da natureza que sonho e é neste sonho que eu vivo para sempre, num estado de alma feliz, vagueando por aí, sempre a teu lado, amando, esperando, beijando-te...
Os Segredos de Khadija
É sentindo esta brisa na minha pele que falo contigo, que te confesso que tive medo, que sou uma fraca, que fujo da felicidade??!!! É nesta doce loucura que me elevo e me entrego à vida, despindo-me de todo o pudor, fazendo o que minha vontade permite, saboreando cada gota salgada deste ar que respiro, transformando-a numa cachoeira dentro de mim..Juro que aprendo a entregar-me, cada dia que passa, sinto meu coração a abrir como uma flôr que saboreia os primeiros raios da Primavera, tal como ela, também desabrocho perante a luz que entra na minha "janela"...Também errei, também fui egoísta, mas fui eu!!! Agora cresço, aprendo a confiar, levanto-me do chão que me acolheu durante muito tempo, reergo e reajo!!
Não me apetece mais olhar para trás, apenas caminhar assim, nua, aceitando tudo que a vida tem para mim, afinal, estarei cá por uma breve passagem, mas sei que sobre a minha supultura cairão lágrimas de saudade...Sim, porque ajudei, fui amiga, fui amante, e fui mãe como sabia...
Chegou a hora!!!
A hora de enfrentar, a hora de abrir os braços, a hora de partilhar novamente os segredos, e principalmente a hora de ser feliz!!
Os Segredos de Khadija!!
No silêncio de um olhar
Reaprendo a abrir os braços para a vida
Tento não me esconder por baixo do pano
E solto-me das amarras do medo de sentir
De sentir mesmo quem amo
No silêncio de um olhar
Aprendo a ouvir as batidas do meu coração
Deixo-me embalar pela tua mão
E continuo ansiar por amar
Amar a vida, a filha, o homem da minha vida…
No silêncio de teu olhar
Que acalmo as minhas dúvidas e incertezas
Que me embalo numa doce melodia
Que me mostras todas as tuas agonias
E me libertas de todas as tristezas…
No silêncio do meu olhar
Que devoro a tua essência
Que me embriago pelo teu carinho
Que me apaixono pela tua existência…
Os Segredos de Khadija!!
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